domingo, 25 de dezembro de 2016

Sinais de Perigo em uma edificação

Reportagem do jornal O Povo conosco sobre os sinais de perigo em uma edificação, segue link:

http://mobile.opovo.com.br/app/opovo/imoveis/2016/12/24/notimoveis,3676076/sinais-de-perigo.shtml

Engº Civil Esp. Lawton Parente
- Construtor, Consultor e Professor
- Pós-Graduado em Engenharia Diagnóstica e Patologia das Edificações
- Diretor Técnico do IBAPE-CE - Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia do Ceará
- Conselheiro do CREA-CE - Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará 
- Membro do Instituto de Engenharia de São Paulo

CONSTRUTORA ENGETERRA
 ENGETERRA DIAGNÓSTICA

+85 3472.1674

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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Parecer Técnico do CREA-CE sobre desabamento parcial de heliponto

Heliponto HEMOCE - Casca de Concreto sinistrada

Conselho Regional de Engenharia do Ceará - CREA-CE finalizou o Parecer Técnico para elucidação das causas do desabamento de uma Casca de Concreto Armado integrante da estrutura física do Heliponto do Centro de Hematologia e Hemoterapia - HEMOCE. Tive nesta oportunidade, o prazer de ser o Coordenador da Comissão Especial formada por excepcionais profissionais da engenharia. 

Hoje (21/12) realizamos uma reunião para entrega e explanação do Parecer Técnico ao Superintendente do DAE - Departamento de Arquitetura e Engenharia do Estado do Ceará e sua equipe de engenheiros. Nossa Comissão sentiu o compromisso e o empenho deste órgão em realizar todo o necessário para restabelecer a normalidade no prédio do HEMOCE.

Mais uma vez o CREA-CE demonstra sua preocupação com a segurança da sociedade através de estudos técnicos sérios que visam sempre entender os sinistros para que os mesmos não tornem a ocorrer de forma similar.


































Engº Civil Esp. Lawton Parente
- Construtor, Consultor e Professor
- Pós-Graduado em Engenharia Diagnóstica e Patologia das Edificações
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segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Aspectos Legais e Práticos das Inspeções Prediais e seus impactos nas Edificações Públicas

Eng. Civil Esp. Lawton Parente 

Aspectos Legais e Práticos das Inspeções Prediais e seus impactos nas Edificações Públicas será o tema do curso que ministraremos pela segunda oportunidade, promovido pelo Governo do Estado do Ceará, por meio da EGPCE - Escola de Gestão Pública do Estado do Ceará, sendo dirigido exclusivamente aos engenheiros e arquitetos do Departamento de Arquitetura e Engenharia do Estado do Ceará - DAE. Com um conteúdo técnico e abrangente, serão abordadas a Norma de Inspeção Predial do IBAPE Nacional, a Lei e o Decreto das Inspeções Prediais de Fortaleza, Engenharia Diagnóstica, Patologia das Edificações e uma Análise de Acidentes e Sinistros ocorridos na Engenharia. O curso será realizado na própria EGPCE, nas manhãs de 21 a 25/11/2016, tendo carga horária de 20h, já com todas as vagas preenchidas. 

O tema é oportuno, visto que se aproxima a exigibilidade das Inspeções Prediais por parte da municipalidade, e ainda a necessidade de conhecimento técnico dos métodos aplicados às inspeções nas edificações públicas para elaboração dos laudos que conduzirão a manutenção destes equipamentos.

Engº Civil Esp. Lawton Parente
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sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Assentamento cerâmico - Quando aplicar Dupla Colagem

Eng. Civil Esp. Lawton Parente de Oliveira

Uma dúvida paira sobre os técnicos e profissionais que lidam com assentamento cerâmico: Quando utilizar o método da Dupla Colagem?

Essa é uma questão interessante, seria bom ampliar horizontes sobre o tema. Tenho visto vários vídeos "explicativos" na internet onde percebo o método da Dupla Colagem ser relegado, quando deveria ser utilizado. 

Primeiramente vamos entender que a técnica da Dupla Colagem é aplicada somente em assentamentos cerâmicos, em pisos ou paredes, que utilizam argamassa colante como agente aderente. Seu conceito está na aplicação e espalhamento desta argamassa colante no substrato base de assentamento (piso ou parede) e da mesma forma na face posterior da placa cerâmica, que leva o nome de tardoz.

Tardoz - Face posterior da placa cerâmica que fica em contato com a argamassa de assentamento.

Aplicação no substrato base de assentamento e no tardoz da placa cerâmica.


Segundo as Normas que tratam sobre o tema, ABNT NBR 13753-1996 e NBR 13755-1996, as principais ferramentas de aplicação da argamassa colante no método da Dupla Colagem, são as desempenadeiras dentadas, que possuem 03 modelos:
Desempenadeira dentada 6x6x6mm
Desempenadeira dentada 8x8x8mm
Desempenadeira R10 ou Raio 10mm

Ainda seguindo as instruções normativas supracitadas, a técnica da Dupla Colagem tem sua utilização exigida em peças cerâmicas com áreas de placa iguais ou superiores à 900cm² - Plaças cerâmicas com dimensões de 30x30cm, 45x45cm, 60x60cm, por exemplo.

Outra situação em que é exigida a utiização da técnica da Dupla Colagem, é o assentamento de placas cerâmicas que possuem em seus tardozes reentrâncias superiores à 1mm, normalmente encontradas em cerâmicas simplesmente extrudadas (1) ou extrudadas com garras cônicas (2), mesmo que possuam áreas inferiores à 900cm² (30x30cm).


A não utilização do método da Dupla Colagem, nas condições constantes nas Normas, favorece substancialmente o descolamento e desplacamento das peças cerâmicas. A constatação da não utilização deste método é simples; basta verificar, após o desplacamento, o tardoz das peças cerâmicas; estando os mesmos "limpos", ou seja, com pouca ou quase nenhuma presença de argamassa colante aderida nas peças, confirma-se que o assentamento não seguiu os preceitos normativos expostos.

Peça cerâmica 60x60cm aplicada em piso sem utilização de Dupla Colagem.

Peças cerâmicas extrudadas aplicadas em fachada sem utilização de Dupla Colagem.

Aplicar os conceitos técnicos com base nas Normas vigentes, dá a segurança de estar realizando um serviço de maneira correta, isso confere muita tranquilidade ao construtor, ao cliente e aos usuários da edificação. 


Engº Civil Esp. Lawton Parente
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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

O que fazer em fachadas com cerâmicas com EPU

O que fazer ao se deparar com uma fachada na situação abaixo?


A grande maioria das pessoas, sem conhecimento técnico e envolvidas com o problema, diria que o certo seria verificar toda área revestida com cerâmica, identificando os pontos "soltos" para que fossem extraídos e substituídos. Essa é a decisão correta? Vamos analisar.

Uma das razões mais recorrentes para a ocorrência de desplacamento de peças cerâmicas em fachada de edificações é o excesso da EPU. Mas o que é EPU?

EPU é a sigla para a expressão Expansão Por Umidade. Atua individualmente nas placas cerâmicas, fazendo com que estas peças aumentem suas dimensões (altura, largura e espessura), ou seja, aumentem seu volume. Toda peça de revestimento cerâmico passa por um processo de Expansão Por Umidade, de forma simplificada explicaremos. Durante os ciclos industriais da produção do setor ceramista ocorrem etapas de queima e secagem em forno que podem chegar a altas temperaturas (700oC). Esses elevados índices térmicos extraem praticamente toda água contida no corpo cerâmico; isso ocorre de forma facilitada dada a esbeltez das peças - em modelos de 10x10cm a espessura normal é de 6mm. Ao ser recolocada de volta ao meio para o uso da Construção Civil, essas peças tendem a reabsorver e reter a umidade perdida logo após a saída do forno, deixando evidente o início de um processo de adsorção¹. O processo de adsorção, além de mudar algumas características do material, favorece o surgimento de esforços solicitantes oriundos do aumento volumétrico da peça cerâmica, eis que aí está o fato gerador do desprendimento do revestimento. 

¹ Adsorção
Processo pelo qual átomos, moléculas ou íons são retidos na superfície de sólidos através de interações de natureza química ou física.



O processo expansivo é finito, mas pode durar anos (5, 10, 15 anos), normalmente a maior parte dessa expansão acontece já com o revestimento aplicado na edificação. Prevendo essa situação a Norma NBR 13818 recomenda que esse aumento não seja superior a 0,6% (0,6mm por m) das dimensões das peças. 

O que pode-se perceber é que o excesso de EPU é a causa do surgimento de tensões formando um "jogo de empurra-empurra", todas as peças expandem com pequenas variações de intensidade e geram uma trama de tensões


Como na parte posterior das peças (tardoz) se encontra o substrato base de assentamento (revestimento argamassado e a alvenaria de vedação ou concreto), só resta uma opção: deslocar-se para frente. Estes deslocamentos geram as famosas "barrigas" que são formações abauladas ao longo do sistema de revestimento cerâmico, são extremamente frágeis, pois normalmente as peças estão unidas somente pela argamassa de rejuntamento e a tendência é o colapso pontual.


Os colapsos pontuais serão constantes causando o surgimento de áreas com cerâmicas faltantes e exposição do emboço, substrato base de assentamento. Mas, porque descolam-se algumas áreas e outras não? A resposta é simples, as áreas que desprendem-se são as mais frágeis e em sua periferia estão as áreas fragilizadas. O interessante é que essas áreas com peças cerâmicas faltantes tornam-se zonas de alívio de tensões, ou seja, não dão prosseguimento ao "jogo de empurra-empurra".



Nesse momento vamos lembrar da decisão da grande maioria das pessoas, sem conhecimento técnico e envolvidas com o problema, que diriam que o certo seria verificar toda área revestida com cerâmica, identificando os pontos "soltos" para que fossem extraídos e substituídos. Essa é a decisão correta? Certamente não, pois ao repor as áreas faltantes, voltaria a condição inicial do problema através do retorno da trama de tensões. E o que ocorrerá se forem reassentadas as peças faltantes? Bem, é claro que novamente a área mais fragilizada se desprenderá e muito provavelmente será bem próxima da anteriormente colapsada, pois deve-se lembrar que no entorno de uma área frágil, temos uma região fragilizada.



Então se temos um sistema revestimento cerâmico com peças que se descolam do substrato por esforços gerados pelo excesso de EPU, o que deve ser feito? Primeiro, os testes de verificação devem apontar o excesso de EPU do revestimento (verificar os procedimentos do ensaio na NBR 13818). Se o revestimento está desplacando, fica comprovado que as tensões geradas pela EPU excessiva são superiores à capacidade de aderência da peça ao substrato, bem, nesse caso o desempenho do revestimento cerâmico é insuficiente e o mesmo está condenado. A solução é a substituição total. Os reparos pontuais não resolverão e são extremamente perigosos pois geram uma falsa sensação de segurança; o desplacamento irá continuar em outras áreas, por isso também esses procedimentos são viciosos e onerosos.



Para finalizarmos, fica a dica: 

Sempre procure um profissional habilitado e capacitado para interpretar os problemas de uma edificação através de um diagnóstico técnico. Muitas situações de Patologia de Edificações parecem, mas não são, nada óbvias.



Engº Civil Esp. Lawton Parente
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